O PS acredita que a presidência vai pôr de lado a maior parte das obras de renovação do parque escolar, aguardando esclarecimentos prometidos por escrito.

Percepção retirada do balanço de dois anos de mandato feito recentemente pelo presidente da edilidade, Élio Maia, em que se mostrou “satisfeito” se forem concluídos os cinco centros educativos com apoio comunitário garantido.

A declaração causou surpresa à oposição socialista. “Concluímos que não pretende concluir a carta educativa que anunciou aos aveirenses”, disse a vereadora Helena Libório na última reunião, acusando a Câmara de não ter aproveitado financiamentos comunitários disponíveis para criar “uma rede de jardins de infância e primeiro ciclo adaptada às novas às exigências”.

A eleita, ex-directora regional da Educação no anterior Governo PS, confrontou a coligação PSD-CDS com algumas das principais carências para as quais não vê respostas. “As escolas de Cacia estão completamente degradadas, não há solução para as escolas de Azurva ou Esgueira”, exemplificou.

Helena Libório reduz o esforço municipal à requalificação de cinco escolas, sendo que as duas primeiras, S. Bernardo e Verdemilho, “nem respondem às necessidades” locais. Questionou, ainda, o trabalho de monitorização da carta educativa agora que está a terminar a sua vigência.

A eleita socialista ficou, para já, sem respostas, atendendo a que o presidente da Câmara comprometeu-se a prestar as informações mais tarde.

"Gostava de tratar este assunto com toda a elevação e a melhor forma de o fazer, face ao conjunto alargado das questões, e como as coloca, será responder por escrito, para ficar com a informação mais rigorosa", disse.

"Como fui apanhado de surpresa, correria o risco de ficar alguma coisa por dizer, o que não é desejável", justificou ainda Élio Maia.