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11-11-2011

Penedos diz que avisou o filho de que estava a ser "usado".


"Eles estão a usar-te para uma coisa que não deviam". A escuta onde José Penedos alerta o filho, Paulo, advogado das empresas de ...

"Eles estão a usar-te para uma coisa que não deviam". A escuta onde José Penedos alerta o filho, Paulo, advogado das empresas de Manuel Godinho, para ter cuidado e "não o meter nisso", foi uma das muitas conversas telefónicas com as quais o antigo presidente do conselho de administração da REN foi confrontado hoje de manhã, no tribunal de Aveiro.

José Penedos, arguido acusado de tráfico de influência e de ter beneficiado as empresas de Godinho para as quais o filho trabalhava, recusou durante toda a manhã responder em concreto às perguntas do juiz sobre as escutas. E perante as muitas dúvidas do presidente do colectivo, Raul Cordeiro, sobre as conversas gravadas, Penedos deu invariavelmente a mesma resposta: "Não posso ser responsabilizado pelas declarações do meu filho", "não tenho condições para avaliar escutas da qual não sou parte, não comento escutas de terceiros".

Numa dessas conversas com o filho, José Penedos deu-lhe instruções sobre a forma como ele devia proceder para contestar junto da REN a violação de um contrato. Dizia que ele tinha de ter "cuidado" e que tudo devia ser feito "by the book". Noutra, ouve-se Paulo Penedos a dizer ao pai que têm de falar "porque lá os nossos amigos dos resíduos continuam a fazer patifarias". O engenheiro que comandava a REN respondeu-lhe tranquilamente: "Pois concerteza. Não pode ser por este telefone". O juiz Raul Cordeiro aproveitou para lhe perguntar "quem são estes seus amigos?" José Penedos respondeu que não são amigos dele: "Terá de perguntar ao meu filho", disse. E garantiu ao juiz que "nunca" deu a Paulo Penedos "informações específicas" sobre qualquer contrato ou concurso aberto pela REN: toda a informação transmitida seria aquela que daria a qualquer outro advogado de empresas, garantiu. O ex-presidente da REN admitiu que apenas tinha com ele conversas sobre "questões gerais" da REN, entre as quais esteve o processo relativo à recolha e acondicionamento dos resíduos existentes na antiga central da Tapada do Outeiro. "Não acha que pode haver conflito de interesses tal como está definido no quadro de conduta da REN?", quis saber Raul Cordeiro. "Acho que não. Não houve qualquer incumprimento dos meus deveres fiduciários", respondeu José Penedos.

Aos jornalistas Paulo Penedos, que tem estado em silêncio desde que foi acusado, garantiu estar "desejoso" de poder contar a sua versão ao tribunal e lamentou que o pai tenha sido arrastado neste processo. "Gostava de ver o meu pai poupado a tudo isto. Ninguém sofre mais do que eu por não poder esclarecer isto", disse. Paulo Penedos, que era também assessor jurídico da PT (junto do administrador Rui Pedro Soares, que em 2009 conduziu as negociações para a compra da TVI) deverá começar a ser ouvido na próxima terça-feira, no recomeço dos trabalhos do julgamento. "Haverá muita coisa que ficará clara como água", garante.

Fonte: SOL


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