O preço da água vai aumentar em maio em sete dos nove municípios que aderiram à Águas da Região de Aveiro (AdRA), sendo que o concelho de Vagos é aquele onde a subida será maior.
Os dados foram divulgados ontem durante a apresentação pública da AdRA que, desde sábado, passou a garantir o serviço de abastecimento e saneamento de águas na região.
Os munícipes de Vagos serão os mais afectados, com aumentos de 2,47 euros e de 3,60 euros, para os clientes com um consumo médio de cinco e dez metros cúbicos, respectivamente.
A empresa justifica esta subida, considerando que, neste caso, as tarifas eram “anormalmente baixas”.
No caso dos municípios de Ílhavo, Murtosa, Sever do Vouga e Águeda, os aumentos serão de um euro para cinco metros cúbicos e de dois euros para dez metros cúbicos.
Em Estarreja e Oliveira do Bairro, o preço da água vai subir um euro, e em Albergaria-a-Velha e Aveiro, os aumentos são nulos.
Segundo o presidente do conselho de administração da AdRA, Sérgio Hora Lopes, os aumentos agora conhecidos só vão ser sentidos pelos munícipes no próximo mês de Junho, quando receberem em casa as primeiras faturas emitidas em nome da empresa.
Na mesma ocasião, Pedro Serra, presidente da Águas de Portugal, que integra 51 por cento do capital da nova entidade, destacou a importância do investimento que vai ser realizado em toda a região.
“As centenas de milhões de euros que serão gastos vão criar muitas oportunidades de negócio a muitos empresários e vão criar emprego, ajudando a resolver algumas dificuldades com que a região e o país se defrontam neste momento”, justificou.
A AdRA surgiu na sequência do primeiro contrato de parceria pública, em Portugal, para a gestão integrada dos serviços de abastecimento de água para o consumo público e de saneamento de águas residuais urbanas, celebrado entre em Julho de 2009 entre o Estado português, através da Águas de Portugal, e nove municípios do distrito de Aveiro.
Este número deverá aumentar com a adesão de Ovar à empresa, que deverá estar concluída no primeiro semestre deste ano.
A empresa, que tem uma concessão por 50 anos tem previsto nos primeiros cinco anos investimentos de 125 milhões de euros, na expansão e remodelação de infraestruturas na sua área de influência, dos quais 42 milhões de euros provêm de fundos comunitários.
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