O Engenheiro Civil responsável pelos cálculos do Pólo Escolar de Bustos afastou-se da obra, revelou, na penúltima quinta-feira, o vereador da oposição, Jorge Mendonça.
O vereador leu uma carta endereçada ao arquitecto Veiga Camelo [responsável pelo projecto do Pólo de Bustos], onde o engenheiro civil, Luís Colen, solicita a retirada do projecto das peças desenhadas que ostentem o timbre do seu gabinete, assim como o seu nome pessoal. Dá conta ainda que também não permite que os cálculos por si efectuados sejam utilizados num projecto com similaridade ao do Pólo de Bustos.
Na mesma missiva, Luís Colen diz já ter contactado a Ordem dos Engenheiros, solicitando que seja devolvido o Termo de Responsabilidade que passou para o Pólo de Bustos e que a tomada de posição seja explicada no livro de obra.
Danos. Luís Colen afirma ainda ser com profunda angústia que constata que “se está a avançar com a obra da escola de Bustos sem se ter em consideração as características específicas do terreno em que a escola vai ser instalada, estudos geotécnicos e geológico a que recentemente tivemos acesso”.
Assim,“a não se fazer um estudo conjugado da estrutura e fundações, embora garantindo que se substituem solos ou se empregam outras soluções, vulgarmente chamadas de “soluções à pato bravo”, o edifício não deverá desmoronar-se ou ruir, no entanto, são soluções que vão originar no edifício a abertura de fissuras, fendas e rachas, a queda de partes do reboco, infiltrações e outras patologias visíveis e não visíveis que obrigarão a frequentes trabalhos de manutenção e prevenção no edifício”.
Silêncio. Mário João Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, preferiu não se pronunciar sobre a questão levantada por Jorge Mendonça. No entanto, explicou que “todos os projectos e os subcontratados são tratados com o gabinete jurídico Pais do Amaral, que está em reuniões com a outra parte”. “Não me vou pronunciar sobre isso, já que são questões técnicas que são levantadas”, acrescentou o autarca.
Mário João Oliveira afirmou ainda que “os vereadores podem ficar completamente tranquilos”, até porque “à frente está um executivo com pessoas com responsabilidade e que tem um corpo técnico que assegura a responsabilidade das obras”.
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