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28-12-2011

Clientes informados mas ainda atrasados na mudança para a TDT.


O processo de migração do sinal de televisão analógico para a televisão digital terrestre está atrasado e na região de Aveiro são ...

O processo de migração do sinal de televisão analógico para a televisão digital terrestre está atrasado e na região de Aveiro são muitos os que guardaram para os últimos dias a mudança de sistema que garante a captação de sinal dos quatro canais generalistas. Os técnicos que trabalham na instalação falam em muita pressão dos clientes.

José Fernando, proprietário de uma loja de equipamentos electrónicos, especialista nas instalações para a recepção da TDT, admite que a corrida à Televisão Digital Terrestre começou tarde e ainda não está completa na região de Aveiro. “Há pessoas que deixaram tudo para o final. Falo dos meus clientes que desde meio do ano fazem questões. Nesse caso estão actualizados. Quem receber sinal analógico fica sem tv no dia 12 de Janeiro. Não haverá adiamentos. Pelo menos é a informação de que dispomos”, sublinha aquele especialista neste tipo de instalações.

O sinal analógico sofre apagão no dia 12 de Janeiro e a DECO já afirmou preocupação pelo primeiro apagão da televisão analógica no litoral do País, marcado para 12 de janeiro, que afeta cerca de 1 milhão de famílias. Consideram que as campanhas de informação são “tardias e pouco claras com resultados muito aquém do desejável”. Não terão conseguido motivar os portugueses a mudar para a TDT. Tito Rodrigues, jurista da DECO, aponta falhas no processo com a mesma oferta básica de canais ao contrário do que sucede em Espanha que passou de 6 para 20 canais.

“O regulador espanhol exigiu que a empresa responsável pela migração em Espanha fizesse a cobertura terrestre do sinal superior a 98%. Aqui o regulador limitou-me a exigir mais de 85%. Há discrepâncias gritantes. É um processo mal conduzido com interesses que nós não percebemos ou se calhar percebendo não queremos acreditar que foram eles que acabaram por nortear o processo. O que se pede é que as pessoas façam um investimento significativo, que podem ser de 100 ou 150 euros, sem ganho concreto porque no fundo o que vão continuar a ver são os mesmos canais de sempre”, adianta Tito Rodrigues.


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