O vice-presidente da Câmara de Aveiro diz que não há “plano B” na questão da ponte sobre o Canal Central e reagiu dessa forma à proposta avançada no debate realizado, esta semana, na sede da Associação Comercial de Aveiro. Nessa altura, elementos ligados ao movimento de contestação pediram a intervenção dos parceiros da autarquia no Parque da Sustentabilidade para que “desenhassem” uma alternativa, um plano B, como ajuda à posição irredutível da Câmara. Carlos Santos comentou, ontem, o cenário garantindo que a ponte é para avançar. Declaração no dia em que anunciou um plano para levantar os tabuleiros das pontes no canal do Cojo.
Carlos Santos evitou, ainda, comentar período de consulta pública sobre a ponte determinado pela Administração da Região Hidrográfica do Centro. "Nós não dizemos nada sobre isso, mas brevemente vai ser esclarecido", limitou-se a afirmar o número dois do executivo a propósito do procedimento da autoridade hídrica após o pedido de licenciamento da construção feito pela edilidade.
Os contestários da localização do atravessamento no principal espelho de água da cidade agarraram-se ao período de envio de objeções como "boia de salvação", mobilizando os aveirenses para inundar a Administração Regional Hidrográfica do Centro (ARHC) de queixas durante o prazo de inquérito público, já a correr, de 30 dias.
No entanto, fontes partidárias ligadas à coligação à frente da Câmara garantiram nos últimos dias que a tutela vai "desautorizar" a presidente da ARHC, Teresa Fidelis, pelo abertura do período de consulta pública, aguardando-se a qualquer momento o tal esclarecimento prometido pelo vereador Carlos Santos.
A docente da Universidade de Aveiro (UA), investigadora da área do ambiente, antiga deputada municipal do PS em Aveiro, que foi nomeada para a autoridade hídrica pelo anterior governo, não assinou o edital, mas sim o seu vice-presidente. |