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13-02-2012

Carlos Borrego considera “a qualidade do ar interior essencial”.


Carlos Borrego, diretor do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro considera a “a qualidade do ar interior ...

Carlos Borrego, diretor do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro considera a “a qualidade do ar interior essencial”. O investigador proferiu a declaração na abertura do seminário “Qualidade do Ar Interior – Gestão, avaliação do impacto na saúde humana” que decorreu no anfiteatro do Departamento de Ambiente e Ordenamento.

O investigador reconhece que a qualidade do ar interior pode ser influenciada pelo ar exterior e também por eventos externos, entre os quais os resultantes das alterações climáticas (ondas de calor e de frio).

Numa época em que as pessoas passam, em média, 80% a 90% do seu tempo no interior de edifícios, e sabendo que o consumo médio diário por habitante é de 16 quilos de ar, a eficiência energética está cada vez mais relacionada com a qualidade do ar interior, podendo mesmo ter efeitos negativos no ar, uma vez que, em nome dessa eficiência energética, os edifícios são cada vez mais fechados à ventilação natural.

Carlos Borrego realçou que o seminário pretendeu contribuir para “conciliar eficiência energética dos edifícios com qualidade do ar interior”.

Em termos da qualidade do ar interior, “há mais mundo para além da poluição”, alertou Mário Morais de Almeida, da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, que falou sobre a “Importância da QAI nas doenças alérgicas”, começando por dizer que 10,5% dos portugueses sofre de asma, e 22,1% dos portugueses têm rinite alérgica, doenças que aliadas à má qualidade do ar interior têm repercussão negativa em termos de produtividade e de concentração nas aulas ou nos locais de trabalho.

Nos fatores alergénios mais comuns no interior dos edifícios, Mário Morais de Almeida inclui ácaros, baratas, ratos, animais de companhia, fungos e bactérias, tabaco (ativo e passivo).

Este último entra também nos poluentes internos, juntando-se ao dióxido de azoto, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, partículas inaláveis, compostos orgânicos voláteis, formaldeído e ozono, entre outros. Estes fatores, tal como os primeiros, quando em associação potenciam ainda mais doenças como asma e rinite.


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