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16-02-2012

Desfiles de Carnaval alimentam negócios de milhares de euros


Há fábricas e lojas que conseguem uma facturação extra por cada corso que sai à rua

Plumas, tecidos brilhantes e coloridos, sapatos desenhados de acordo com o traje, são ingredientes obrigatórios nos desfiles de Carnaval que saem à rua nesta época de folia. E, mais do que isso, são também fonte de lucro para muitas empresas nacionais.
Na origem de cada corso carnavalesco estão negócios de vários milhares de euros, todos eles firmados com fábricas e lojas portuguesas. Pelo menos, é o que garantem os directores de vários grupos que integram os principais desfiles da região (Ovar, Estarreja e Mealhada).
As contas da Escola de Samba Costa de Prata, de Ovar, evidenciam bem o contributo que os desfiles podem dar à economia nacional. “Só em sapatos vamos gastar, este ano, um total de três mil euros, mais outro tanto em tecidos”, revela Ana Fardilha, da direcção do grupo.
E, tal como tem vindo a acontecer noutros anos, “apostamos em produto nacional e comprado no comércio tradicional”, assegura Ana Fardilha. “Anteriormente, tínhamos necessidade de encomendar as plumas no Brasil, mas, agora, até já temos uma empresa portuguesa que as importa”, relata ainda esta directora da Escola de Samba Costa de Prata.

Contas podem chegar
aos 10 mil euros
No vizinho Carnaval de Estarreja a aposta em produtos “Made in Portugal” também parece ser prioritária. “Chapelaria, calçado e tecidos, são sempre portugueses”, assegura Renato Valente, da Escola de Samba “Os Morenos”.
Este grupo leva para a rua um total de 160 figurantes e os gastos em tecidos e sapatos andam na ordem dos 10 mil euros. É por esta razão que Renato Valente não deixa de criticar a decisão do governo de acabar com a tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval.


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