Os partidos com assento na Assembleia Municipal demonstram preocupação pela indefinição em torno da questão do pavilhão do Beira-Mar. Filipe Guerra, do PCP, admite que a perda de património para antigos dirigentes que pretendem o espaço desocupado seria mais uma machadada no futuro do clube.
“Esta situação é gravíssima. É um local com centralidade e é património cultural e desportivo. Não deve perder porque é cidade e o concelho que perdem. O Beira-Mar deve encontrar pontes e apoios, com instituições públicas se for necessário, para assegurar a prática desportiva de mais de 300 jovens”.
Manuel Coimbra, do PSD, admite que se trata de um assunto importante em articulação com a concessão do estádio. Admite que a conferência de líderes da Assembleia Municipal continua a debater o tema e tem em mãos uma contra-proposta do Beira-Mar. “É um clube como o Beira-Mar que devia gerir aquela infraestrutura mas o clube não está a querer gerir. Vamos ver se conseguimos limar pontos onde há divergências para ver se com a gestão do estádio resolvemos a questão do pavilhão”.
Jorge Greno, do PP, diz que o problema não é apenas válido até final da época mas para os próximos anos e lamenta a atitude dos antigos dirigentes. “Tem direito a receber o dinheiro que investiram mas custa-me que se digam beiramarenses dos sete costados e depois tomem estas atitudes que prejuicam as camadas jovens”.
João Catarino, do BE, diz que a autarquia não fica isenta nestes processos que envolvem a perda de património e lembra a questão dos terrenos das piscinas. “Tenho algumas dúvidas sobre a isenção da Câmara em relação à vida do cube”.
O debate na última edição do programa “Canal Central”. |