José Gonçalves foi afastado do cargo de administrador da insolvência da Empresa de Trabalho Portuário (ETP). A proposta partiu da representante legal do Sindicato dos Trabalhadores do Porto de Aveiro (STPAveiro), com procuração da esmagadora maioria dos trabalhadores, na Assembleia de Credores, realizada esta tarde no juízo de comércio do Baixo Vouga, alegando "falta de acompanhamento" da empresa por parte do primeiro nomeado pelo tribunal, na sequência da declaração de insolvência. Os representantes do Porto de Aveiro, da Aveipor e Socarpor, estas duas últimas accionistas da ETP, abstiveram-se. Não se registaram votos contra. Os trabalhadores fizeram aprovar a eleição de uma administradora de insolvente que aceitou apresentar um plano de recuperação com "os demais interessados que se queiram juntar", segundo declarou a advogada do sindicato. No inicio da Assembleia de Credores o gestor judicial cessante, tinha mostrado "disponibilidade" para continuar e solicitou 60 dias para elaborar uma proposta de viabilização da ETP que teria de passar, contudo, por "diálogo e negociações", nomeadamente com os trabalhadores. Depois de conhecer o seu afastamento de funções, José Gonçalves rejeitou "responsabilidades" por falta de acompanhamento da empresa, lembrando o acordo "árduo" com os estivadores para manter a actividade do Porto ainda que sem a totalidade das remunerações garantidas. |