O PS continua a insistir no aumento do passivo da Câmara de Aveiro. De 173 milhões em 2005 para 186 milhões de euros nas últimas contas conhecidas.
O deputado municipal socialista, Raul Martins, a pretexto da análise do último relatório do plano de saneamento financeiro, acusou a maioria de não ter aproveitado o empréstimo de 58 milhões de euros. “Receberam os 58 milhões e não os conseguiram gastar todos porque não havia dividas suficientes para serem utilizados”.
A crítica do PCP manteve o tom. Para António Salavessa o plano não está a ser cumprido uma vez que a dívida de curto prazo é semelhante à que existia e no global há um aumento nas dívidas. Por isso Salavessa fala em fracasso mesmo admitindo que as contas só se irão fazer no final. “Já não falo em tempo. Cinquenta e tal milhões de euros depois temos uma divida de curto prazo semelhante e uma dívida global superior. É um fracasso completo”.
O vereador Pedro Ferreira continua a insistir que a situação financeira da Câmara não piorou. Os números do “impacto” do plano saneamento serão apresentados nas conta de 2011 a apresentar na próxima AM. “Nas próximas contas dentro de um mês talvez haja uma visão diferente. Estamos a cumprir o empréstimo de saneamento financeiro”.
A noite de debate sobre o relatório do Plano de Saneamento Financeiro viria a ficar marcada por uma troca de palavras sobre a responsabilidade nas falhas em relação aos prazos de entrega do relatório de execução.
O atual vereador das finanças responsabilizou a antecessora. Atribuiu culpas a Ana Vitória Neves, a quem o presidente da Câmara retirou os pelouros no Verão passado. "Tentámos recuperar o atraso reduzindo para um mês. Vou fazer como essa pessoa e não entrego nenhum relatório e vê-se a qualidade do trabalho", afirmou.
Ana Vitória Neves pediu à mesa da para intervir "em defesa da honra". Sem que lhe fosse dado tempo para recolher alguns dados, teve de responder na hora. Justificou o atraso do primeiro relatório foi entregue, presumiu, com um "lapso de dois meses", já que teve de dar atenção "imediatamente" ao orçamento de 2010. |