A Câmara de Estarreja decidiu prolongar até ao final de Março de 2013 a atribuição dos lugares no mercado da cidade, sem actualizar as taxas de ocupação, de forma a encorajar os comerciantes a manterem a sua actividade no equipamento municipal. A decisão da autarquia foi tomada para responder à “substancial diminuição de visitantes, em especial às terças-feiras”, explicou Diamantino Sabina, vereador responsável pelas feiras e mercados e autor da proposta que veio a ser aprovada por unanimidade pelo executivo camarário.
Este é o quarto ano consecutivo em que a autarquia governada por José Eduardo Matos decide prolongar o prazo. A medida, anunciada ontem, é vista como um incentivo à continuidade dos comerciantes no mercado, atendendo à actual conjuntura económica, apesar da última arrematação e sorteio de lugares terem ocorrido em 2003, já nessa altura sem actualização de valores de taxas de ocupação.
“A decisão justifica-se atendendo que não se constataram melhorias no que às vendas no mercado e feira concerne, tanto mais que a situação económica do país não se alterou, antes pelo contrário”, explicou Diamantino Sabina.
A validade dos espaços arrematados no mercado havia expirado em 2010, correspondendo aos cinco anos de prazo determinado, mais duas prorrogações sucessivas. Já em Janeiro do ano passado, um abaixo-assinado dos utentes do mercado havia levado o executivo a prorrogar até 2012 as arrematações de 2003.
A Câmara de Estarreja pretende, no decorrer deste ano, “promover um estudo sobre o mercado municipal”, equipamento que “tem defendido como sinal de dinâmica económica, no suporte ao comércio local e ao turismo”.
Segundo a maioria PSD/CDS que governa o município, a decisão agora tomada representa “um apoio ao pequeno comércio” e “uma clara intenção de incentivo à continuidade dos comerciantes no mercado, atendendo à actual conjuntura económica, bem espelhada na substancial diminuição de visitantes, em especial às terças-feiras”.