A JS de Ovar promoveu uma tertúlia sobre Políticas de Saúde e o presidente da Câmara manifestou algumas dúvidas sobre o futuro da rede de cuidados de saúde. Manuel Alves Oliveira disse que deve haver uma maior articulação entre os cuidados de saúde primários e o Hospital de Ovar, que não pode ser só um hospital de cuidados continuados e de retaguarda.
“Não é ainda certo se o estudo elaborado pelo Ministério da Saúde que prevê o esvaziamento das valências do Hospital Dr. Francisco Zagalo – com a possibilidade de saída de 15 médicos – irá ser aplicado. Perante esta situação devemos estar atentos, ler a realidade e procurar as melhores respostas para os cidadãos”, afirmou Manuel Alves de Oliveira, que adiantou não ter havido resposta formal do Governo às posições que a Câmara assumiu, nem ao pedido de reunião com o Ministério.
O autarca – responsável pela negociação do Protocolo celebrado em 2007 com o Ministério da Saúde (que garantiu, nomeadamente, a referenciação ao Hospital de Santa Maria da Feira no encaminhamento dos casos urgentes e emergentes) – realça que o Hospital de Ovar é um hospital de proximidade, garantindo valências importantes. Foi melhorada a radiologia, o serviço de medicina interna e a fisioterapia. O autarca considera que o Hospital está, progressivamente, a afirmar-se como um Hospital de proximidade.
O Presidente dos Bombeiros Voluntários de Ovar colocou em evidência as dificuldades financeiras da corporação uma vez que os serviços de transporte de doentes não-urgentes têm vindo a diminuir, perdendo-se uma importante fonte de receita. No orçamento da Corporação contribuem em 60% o Estado e a Autarquia. Os restantes fundos provêm das quotizações dos sócios e dos serviços de transporte e perdendo-se esta última componente, “o equilíbrio financeiro dos BVO poderá ficar em risco”. |