A Câmara da Murtosa está apostada em “imprimir novas dinâmicas” ao Museu Etnográfico do concelho. Para tal, tem em curso um ciclo de exposições temáticas vocacionado a oferecer aos visitantes “outras perspectivas sobre o património” local.
A próxima mostra será inaugurada no sábado (15 horas) com trabalhos de cestaria e empalhamento do artesão Manuel Ferreira, ficando patente até 12 de Maio.
Depois da exibição, em Fevereiro e Março, de miniaturas de embarcações, de José Pereira, e de cangas, de Joaquim Ruivo, a exposição de Manuel Ferreira é a terceira do ciclo promovido pela autarquia.
O artesão nasceu em 1944 na Branca, Albergaria-a-Velha. Em 1964 radicou-se na Murtosa após casamento com uma murtoseira, residindo actualmente no Bunheiro. Após ter prestado o serviço militar, emigrou para França, em 1969, onde permaneceu durante 30 anos. Trabalhou na construção civil mas, por questões de saúde, tornou-se vigilante numa empresa em 2001, profissão que mantém até à actualidade.
Manuel Ferreira aprendeu a arte de fazer cestaria e empalhamento há cerca de 10 anos, quando, nas horas vagas, decidiu reparar alguns cestos e os garrafões antigos que se encontravam na Casa-Museu Custódio Prato, no Bunheiro. A partir daí nunca mais parou, reproduzindo todo o tipo de cestaria e empalhamento que vai encontrando.
Com as mostras temporárias, a autarquia pretende “reconhecer publicamente o talento de um conjunto de artesãos murtoseiros” e dar a conhecer os seus trabalhos.
O Museu Etnográfico dispõe ainda de uma exposição permanente, que reúne peças associadas aos usos e costumes das gentes marinhoas, dando relevância àquelas que têm sido, desde tempos ancestrais, as principais actividades económicas da terra: a agricultura e a pesca.
A unidade museológica funciona na Junta da Freguesia da Murtosa, conhecida por Casa dos Escuteiros. Está aberta ao público de terça-feira a sábado das 9 às 12.30 horas e das 14 às 17.30 horas, com entradas gratuitas.
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