O seminário que ontem se desenrolou em torno do Projecto de Valorização Empresarial do Azulejo Tradicional de Ovar atraiu a atenção de técnicos, autarcas, investigadores e empresas de todo o país. Um dos objectivos das sessões que decorreram durante todo o dia no Centro de Arte de Ovar era estender o conhecimento, os resultados obtidos e a experiência do “Atelier de Conservação e Restauro de Azulejo (ACRA)” a outras empresas e instituições que estudam, trabalham ou acompanham a reabilitação e a recuperação de edifícios urbanos com azulejos de fachada.

Isabel Ferreira, do ACRA, protagonizou uma das intervenções mais aguardadas, na medida em que o trabalho que ali se vem desenvolvendo tem suscitado muita atenção. “Em Ovar, há muita sensibilidade para o azulejo”, disse, logo à partida, pois “isso facilita o nosso trabalho”. Facilita porque quando há obras numa fachada de azulejo, o ACRA deve ser contactado. “Isso permite que qualquer intervenção seja feita como deve ser, com respeito pelos azulejos”, apontou. Por outro lado, o ACRA está em condições de sugerir “as argamassas mais adequadas não só para os azulejos como para a própria fechada”.