A dívida continua a separar PS e PSD e é pretexto para a troca de acusações políticas. Antecipa-se o tom do debate sobre a prestação de contas na Câmara de Aveiro com Élio Maia a lembrar, mais uma vez, o peso da herança de Alberto Souto. Quando a Câmara de Aveiro apresentar as contas de 2011 vai também evidenciar o endividamento municipal desde 1997. Élio Maia quer, assim, sublinhar a origem das dificuldades financeiras. Na última AM, devolveu à procedência as críticas de má gestão, apontando algumas heranças do PS.
“Andar a vender lotes e receber o dinheiro por inteiro e depois hipoteca-se o lote para ir buscar o dinheiro da hipoteca. Há 4 meses foram mais 600 mil euros para libertar o lote para fazer uma escritura que há 11 anos não era feita. Grandes gestores. O Aveiro Basket foi fácil. Não é só andar a chamar incompetentes. É ter a honestidade de reconhecer a própria incompetência. O kayake pólo foi outra grande obra do nosso grande líder paga por nós”.
Gonçalo Fonseca, porta-voz da bancada do PS, que foi gestor do Aveiro Basket nomeado pela Câmara até se demitir, disse ter assumindo as falhas do projeto. Lamentou que o presidente da Câmara não tenha atitude idêntica. “A única coisa sobre o kayake pólo foi ter renovado uma piscina que o presidente vendeu por meia dúzia de tostões. Tenho gosto em assumir responsabilidades e esperava que o presidente tivesse a humildade de ir assumindo as suas e já é tempo porque tem feito muita asneira”.
As contas de 2011 da Câmara de Aveiro ainda tem de passar pelo executivo, a 30 de Abril, e só depois chegarão à AM onde o prometem muita discussão. |