Os trabalhadores da MoveAveiro voltaram ontem à greve com uma adesão de 100 por cento entre os motoristas dos autocarros, que paralisaram nas duas primeiras horas de cada turno. Também como consequência da greve, apenas foram garantidas duas ligações fluviais por dia entre S. Jacinto e o Forte da Barra, o que obrigou a Junta de Freguesia daquela localidade a contratar um autocarro e a assumir essa despesa.
Ontem, não foi possível transportar todos os passageiros que pretendiam embarcar na lancha, uma vez que a embarcação fez apenas uma travessia de manhã e outra ao final da tarde. A lancha usada esgotou a lotação no único horário que fez, dado que os trabalhadores da MoveAveiro estão apenas a cumprir os serviços mínimos. Contudo, se o ferry-boat se encontrasse em funcionamento seria possível transportar mais pessoas porque tem uma capacidade superior à da lancha.
Entre os que ficaram em terra contam-se trabalhadores impedidos de ir para os locais de trabalho e estudantes que faltaram às aulas. Sobre os trabalhadores, o presidente da Junta de Freguesia de S. Jacinto, Rui Vaz, disse que a decisão de contratar o autocarro tem por objectivo impedir que “os residentes de S. Jacinto não percam os postos de trabalho”. O autarca apela ao diálogo entre a administração da MoveAveiro e os trabalhadores, através dos sindicatos.