“Entre Textos - Perspectivas sobre a literatura para a Infância e Juventude", é mais um livro de Sara Reis da Silva, docente da Universidade do Minho. Trata-se de uma obra que vem na sequência de outras, estando já em preparação dois estudos sobre a mesma temática. Este livro, que faz parte da colecção "Percursos da literatura Infanto-Juvenil", da Editora Tropelias e Companhia, é fruto da "vivência profissional, mais precisamente docente e investigadora", da Sara Reis da Silva, como se lê na Apresentação. Sublinha a autora que "os cerca de vinte estudos compilados nesta obra apresentam uma extensão e uma profundidade variada, sendo resultantes de investigações assentes em pressupostos metodológicos qualitativos que se inscrevem no âmbito dos estudos literários ou na análise e interpretação textuais". Trata-se de um trabalho que se destina não só a especialistas e estudiosos da literatura para a infância e para a juventude, mas também a docentes, alunos universitários e educadores, em especial pais, isto é, a todos os que buscam nos livros razões para a formação integral dos seus educandos. Na apresentação da obra, que ocorreu na Biblioteca Municipal de Ílhavo, Paulo Costa, Vereador da Câmara Municipal, que conheceu a Sara "desde os bancos do Liceu", sublinhou a sua "humildade e confiança", referindo que desde esses tempos "sentíamos que a Sara chegaria longe". Depois de dizer que "todos gostamos que os nossos amigos tenham sucesso", Paulo Costa frisou que a autora "faz parte do dia-a-dia da Biblioteca de Ílhavo". "Se há alguém que não tem tempo, a Sara é uma delas, mas ela arranja sempre tempo para o que é preciso", disse. João Manuel Ribeiro, escritor e editor, garantiu que Tropelias e Companhia "vive no meio do reino das alternativas", sendo "muito difícil colocar este tipo de livros no mercado". Entretanto, anunciou a próxima obra da Sara "para breve", frisando a importância de "dar oportunidades a quem quer escrever", apostando "na qualidade dos autores". Virgílio Alberto Vieira, escritor e crítico literário, que apresentou citou Carlos Drumond de Andrade, dizendo que "somos sempre devedores a alguém de alguma coisa", atitude que devemos ter para com a Sara Reis da Silva. Referiu a importância da leitura, ao mesmo tempo que denunciou a dívida da comunicação social para com "o esforço que tem sido feito pelas bibliotecas" em prol dos livros. Disse que a Sara "faz estes livros de forma natural" e aplaudiu o esforço da editora que publica "obras que estariam condenadas a ficar na gaveta". Por sua vez, a autora, no encerramento da sessão, lembrou "a aventura que é apresentar estes trabalhos" e considerou "os livros como as pessoas", porque "os livros são pessoas". Adiantou que os textos agora publicados refletem os seus amigos, na certeza de que "somos habitados por livros e por amigos", uma frase que não é sua, "mas que gostaria que fosse". Fonte: PELA-POSITIVA |
