Resíduos de materiais de construção e muitos preservativos e toalhetes foram, no sábado, recolhidos numa zona de prostituição de Aveiro durante uma ação de limpeza da Associação Portuguesa de Educação Ambiental, que alerta para o risco para a saúde pública.
Numa nota hoje divulgada sobre os resultados da ação, no âmbito da Campanha internacional ‘Clean Up The MED’, junto a um dos principais canais da Ria de Aveiro e da Marinha da Troncalhada, a associação realça ter encontrado “lixeiras de depósito de materiais de construção e grande quantidade de preservativos e toalhetes deixados ao abandono” na zona.
“O tipo de resíduos que se encontram nesta zona são altamente perigosos para a saúde pública, que se podem propagar através de insetos, e outros animais ou mesmo por pessoas que por ali circulam na prática de desporto”, adverte Joaquim Ramos Pinto, da ASPEA, citado na nota.
Através da atividade de limpeza foi feita a identificação dos diversos tipos de resíduos ali deixados em grande número como plásticos, garrafas, guardanapos de papel e outros, como pneus e um cadáver de animal.
A ASPEA considera ser necessária maior fiscalização e a identificação dos poluidores, assim como a colocação de contentores, especialmente na zona de paragem de autocarros, por baixo das pontes da A25 (autoestrada) e da linha de comboio, bem como a colocação de placas identificadoras de proibição de depósito de entulhos.
A associação preconiza ainda ações de “prevenção e apoio social, ao nível da prostituição que se faz sentir na zona, sem qualquer tipo de cuidados de saúde”.
Na ação de limpeza participaram 33 voluntários, entre membros da ASPEA e participantes do Centro Alberto Souto, da CERCIAV, da Escola Profissional de Aveiro e pessoas que individualmente aderiram ao apelo lançado pela associação, que contou ainda com apoios institucionais para aquisição de sacos de lixo e luvas, nomeadamente da SUMA, Serviços Municipalizados, Ponto C e Fórum Aveiro.
A campanha foi desencadeada com o objetivo de reforçar o compromisso com a proteção do ambiente mediterrânico, envolvendo 400 organizações em todo o mundo e a participação de mais de 120.000 pessoas.
Realizada no âmbito da Década da Biodiversidade, com a proteção das zonas marinhas naturais como tema deste ano, a ação de hoje visou ainda “alertar para o problema da poluição, provocada pela ação consciente e inconsciente por parte das pessoas, em muitos casos, em zonas de interesse ambiental e turístico”.
|