O projeto está em aberto e o poder político terá a última palavra quanto a questões como o fim da circulação viária nalguns troços da Avenida Dr Lourenço Peixinho, em Aveiro, aquando da obra de requalificação. Esse parece ser um dos temas sensíveis e ontem voltou a merecer debate em mais uma apresentação pública.
Um processo que vai continuar a merecer debate. O presidente da Câmara abriu a apresentação com palavras de circunstância. Todas as opiniões sobre a requalificação da avenida serão ouvidas, ainda que seja impossível acolher as ideias de todos. Élio Maia ficou tempo suficiente para ouvir algumas reservas do público.
Ricardo Vieira de Melo, do núcleo de arquitetos de Aveiro, contestou a pretensão de "bloquear" o acesso viário. Jorge Carvalho, coordenador do estudo, deixou a batata quente nas mãos da autarquia.
“Poder ou não poder cortar o carro nos dois topos? A nossa proposta é essa mas na solução que propomos vamos fazer com que fisicamente isso seja possível. Não é irreversível. Se a opção política mostrar que é mais conveniente a solução física permite que isso aconteça”.
Uma nova praça, no centro do centro, também não é pacífica. Bruno Soares, arquiteto da equipa técnico, acha que a ideia poderá gerar dinâmicas interessante. “É um espaço que pode fazer a articulação entre áreas já qualificadas do centro (fórum, praça do peixe). O espaço pode aproveitar esta dinâmica. O que pode acontecer lá? Tudo”.
Da assistência ainda se ouviu perguntar por custos e prazos. O vice-presidente da Câmara, Carlos Santos, contornou as questões. “Vamos a ver se o projeto vai para a frente e creio que este foi um passo importante”.
O estudo da avenida deve ficar pronto até ao final do ano. |