Senos da Fonseca diz que João Sousa Ribeiro foi uma descoberta. O escritor ilhavense, interessado em questões da história da laguna, acaba de escrever um trabalho biográfico aprofundado sobre uma das figuras determinantes na abertura da barra do porto de Aveiro. Descoberta que o autor associou às investigações sobre a laguna e a história de algumas embarcações desta região.
“Começo a recolher documentação de uma história que é verdadeiramente, a meu ver, notável. Ele é a figura que perpassa pelo século XVIII. É um individuo com ética intocável, indivíduo ativo. O seu conhecimento do fenómeno lagunar era maior que o de qualquer outro. Holandeses que virem cá fazer estudos ficaram impressionados porque o que ele dizia ajustava-se com as conclusões técnicas sobre as questões lagunares”.
João Sousa Ribeiro foi Capitão mor e está associado às lutas para a reabertura da Barra do porto de Aveiro que veio a conseguir na Vagueira. Senos da Fonseca diz que este livro permitiu diversas abordagens.
“Enquadro Aveiro no século XVIII. Não podia deixar passar ao lado a forma como tudo funcionava e todas as transformações políticas. Retrato o legado familiar, os trabalhos e misturo com um pouco de ficção. Depois abordo a casa ducal de Aveiro. Ninguém conhece essas peripécias. Conto a história dessa casa até ser destruída na altura do Marquês de Pombal”, revela o autor.
A sessão de apresentação está marcada para as 17h00 de sábado, dia 30 de Junho no Museu da Cidade de Aveiro. |