A Relação de Coimbra deferiu o pedido do juiz Rui Duarte para ser dispensado de presidir o coletivo que julgará Ferreira da Silva acusado do homicídio do ex-companheiro da filha, revela o acórdão.
O magistrado pediu a escusa, considerando que seria “um esforço” integrar o coletivo pelo que conhece dos antecedentes dos factos em julgamento, e pela relação de amizade que tem com a filha do arguido, a juíza Ana Carriço. “Em resultado das nossas conversas e de SMS ou mail que trocávamos, eu conhecia a envolvência, ‘guerras’, incidentes, queixas, processos em tribunal correspondentes à ‘confusão’ que envolvia a ‘disputa’ por causa da menor”, diz o magistrado, receando que esta relação de amizade pudesse suscitar alguma suspeita de imparcialidade. Rui Duarte revelou ainda que, pouco depois do crime, a juíza enviou-lhe uma mensagem SMS de “desespero”, contando o sucedido, e perguntando se sabia qual era o tribunal de turno.
A decisão já foi comunicada à Comarca do Baixo-Vouga, que nomeou como substituto o juiz Jorge Bispo.
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