Mesmo no actual contexto económico, os deputados do PSD eleitos por Aveiro tudo farão para cumprir os principais anseios da população local, garantiu ontem António Couto dos Santos. “Apoiamos o Governo mas não somos o Governo. Somos os sindicalistas do povo de Aveiro”, afirmou o cabeça-de-lista numa conferência de imprensa convocada para fazer o balanço do primeiro ano da governação da coligação PSD/CDS.
É incerto o futuro de vários projectos distritais, que se arrastam sem decisões definitivas há vários meses - casos do Polis da Ria, da Linha do Vouga ou do Baixo Vouga Lagunar. Nas actuais políticas do executivo de Passos Coelho centradas na consolidação das contas públicas há, porém, lugar para o “crescimento e desenvolvimento” do país, adiantou o ex-ministro, prometendo actuar junto dos ministérios para que não ignorem obras planeadas para o distrito. “Lutaremos por elas até à exaustão. O que nós dizemos ao Governo é o seguinte: ‘organizem as contas e definam as vossas prioridades, mas não se esqueçam das nossas’”, disse, ressalvando que as “megalomanias” estão riscadas do programa da acção governativa.
Por outro lado, Couto dos Santos mostrou-se “chocado” com a “falta de sentido ético” do PS. “Está de fora a criticar, quando foi o partido que negociou o memorando com a ‘troika’”, acrescentou. “O que o PS está a dizer é para as pessoas não respeitarem os políticos”.
A erosão costeira, as ligações viárias Aveiro-Águeda e Arouca-A32, a Linha do Vouga, o Baixo Vouga Lagunar ou as portagens nas antigas SCUT estão na agenda das preocupações dos parlamentares do PSD, enumerou o antigo governante.
Sobre o primeiro ano de governação de Passos Coelho, Couto dos Santos saudou a “recuperação da imagem externa e da credibilidade” do país, a diminuição das despesas do Estado “sem juros”, a “rapidez” nas privatizações ou a criação de linhas de financiamento às pequenas e médias empresas, sinal de que “a banca está a ficar numa situação saudável”.