São a atração das primeiras semanas de Julho. Helicópteros de países europeus participam em exercício na região. Até 18 de Julho, a base de Maceda, em Ovar, fervilha de atividade militar.

O maior exercício de helicópteros da UE movimenta mais de mil efetivos e três dezenas de meios aéreos. As condições climatéricas da época e a possibilidade de utilizar zonas em altitude permitem criar teatros de operações úteis ao treino.

70 saídas em 10 dias. 25 helicópteros deverão passar nos céus de Portugal cerca de 1200 horas de voo quando terminar o HOT BLADE. O maior exercício de treino militar europeu do género arrancou a 4 de Julho. Uma época do ano escolhida de propósito para replicar teatros de operações em zonas de serra, com calor e aterragens complicadas pelo pó. “Foi para dar treino em ambiente quente e com pó. Planeámos um vasto rol de operações que vai da ajuda humanitária até situações mais bélicas em que há forças opositoras”, explica o Tenente Coronel Carlos Lourenço, comandante do exercício organizado sob a égide da Agência Europeia de Defesa.

Além de Forças Armadas Portuguesas, estão no terreno, a partir do aeródromo de manobra de Maceda, em Ovar, meios aéreos e efetivos da Áustria, Bélgica, Finlândia, Alemanha e Holanda. Suécia e o Reino Unido participam como observadores. O Luxembrugo, país sem forças militarizadas, apoia o H12.

Aguiar Branco, ministro da Defesa, foi a Linhares da Beira assistir a um dos exercícios e minimizou a recente decisão de cancelar a compra uma dezena de helicópteros NH90 para o Exército por motivos orçamentais.

“Este é o maior exercício da UE com Helicópteros, equipamento essencial ao transporte de forças especiais. A vantagem é estarmos na primeira linha de participação num treino desta envergadura. Quanto aos helicópteros temos os nossos e temos capacidade para fazer uma participação desta envergadura”.

1200 militares no terreno e outros tantos indiretamente estão envolvidos no HOT BLADE para treinar o assalto, resgate e apoio humanitário em ambiente populacional.