Clarisse Cruz qualificou-se, ontem, para a final dos 3.000 metros obstáculos dos Jogos Olímpicos de Londres. Contudo, a atleta de Ovar teve que sofrer até ao fim, e já fora da pista, para ver confirmada a qualificação, depois de uma corrida atípica em que nem uma queda a impediu de obter um novo recorde pessoal. Acabou, contudo, por ser a terceira e última atleta repescada para a final, um prémio justo para a grande prova que efectuou.
Com o tempo de 9.30,06 minutos, a corredora do Sporting retirou 10 segundos àquele que era o seu melhor registo (9.40,30 minutos), estabelecido já este ano, e só não conseguiu a qualificação directa porque a espanhola Marta Dominguez, campeã do Mundo em 2009, “roubo-lhe” o quarto lugar na recta final.

“Foi excelente,
estou sem palavras”
“No último mês, estava a sentir-me muito bem. Trabalhei bem nos Europeus e andei sempre com as melhores. Sentia que podia fazer grande marca. Estava à espera de fazer o recorde pessoal, mas não esperava tanto. A minha ideia andava pelos 9.35 ou 9.34. Conseguir fazer este resultado, foi excelente, estou sem palavras”, disse a atleta, que, recorde-se, tinha sido 34.a, na mesma prova, nos Jogos Olímpicos de Pequim.