Alberto Souto Miranda publicou um artigo sobre a reforma do mapa autárquico em que tece críticas à agregação de freguesias.

O antigo presidente da Câmara de Aveiro, professor da faculdade de direito da Universidade de Lisboa, assina o artigo de opinião no Jornal de Negócios para dizer que a "troika não é assim tão tríade secreta e ofensiva da nossa soberania", responsabilizando o Governo pela autoria do diploma que pretende cortar 30% das freguesias.

Para o antigo presidente de Câmara, a extinção de 30% deverá propiciar uma poupança em custos fixos de apenas 6,5 milhões de euros o que se poderá acabar por tornar um "mau negócio" atendendo a que o "peso no orçamento é irrisório" e não se sabe quanto é que a reforma "vai custar em danos colaterais".

Admite que é necessário reformar mas sublinha que não vê justificação para um “rolo compressor” que destrói serviços de proximidades essenciais.

Depois de elogiar o exemplo de reforma, em Lisboa, num modelo negociado, sugeriu que Paulo Portas tinha uma ideia "menos fraturante" que passava por "agregar apenas os órgãos das freguesias, sem mexer nas suas fronteiras".

Segundo Souto "poupava-se mais financeiramente e perdia-se menos, socialmente", que vê Portas "muito fora de portas". Atribuiu a responsabilidade da iniciativa a Miguel Relvas.

"O País tem saudades do artigo que Paulo teria escrito no Independente sobre o caso Relvas e sobre esta lei".

Termina com votos de que "as férias do país político, cá dentro, tragam mais país real para dentro das leis".