A Assembleia de Freguesia de Fajões está, desde 2010, à espera que a anterior presidente do órgão devolva cerca de quatro dezenas de documentos que alegadamente mantém em sua posse desde Outubro desse ano, altura em que foi destituída do cargo.
Entre editais a documentos relativos a actos administrativos da Junta, Carla Paiva terá arrecadado uma grande panóplia de “papelada”, até mesmo “o dossiê completo da delimitação administrativa entre as freguesias de Fajões e Cesar”.
Agora, aguardam-se desenvolvimentos da participação criminal que foi apresentada pelos órgãos de poder local ao Ministério Público.
Fonte do Executivo assegura que Carla Paiva, que assumira funções na sequência das Autárquicas de 2009, fora formalmente notificada a depositar na sede da Junta todo aquele espólio, incluindo um gravador e o próprio livro de actas do Deliberativo.
Ora, o ofício, de 22 de Outubro de 2010, concedia um prazo de 48 horas para que a ex-autarca o fizesse, mas os meses correram sem que os documentos fossem restituídos.
Apesar de o assunto ter sido abordado nas reuniões de Assembleia que se sucederam, a paciência dos eleitos locais só esgotou em Dezembro de 2011: por unanimidade, o órgão deliberou meter o Ministério Público ao “barulho”, tendo feito entrar o processo em 14 de Junho deste ano.