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29-08-2012

Aveiro: Élio Maia diz que é “imoral” deixar operadores fora dos custos da manutenção dos muros da ria.


A Câmara de Aveiro reage publicamente à contestação à introdução da taxa turística, com a providência cautelar colocada pelos ...

A Câmara de Aveiro reage publicamente à contestação à introdução da taxa turística, com a providência cautelar colocada pelos operadores que asseguram os passeios de moliceiros, e diz que tudo vai fazer na “defesa intransigente” do público colocando os operadores a contribuir “para poderem continuar a usufruir dos benefícios desse bem público”.

Em comunicado a autarquia diz aceitar a “legitimidade de todos os cidadãos e empresas defenderem os seus interesses” mas lembra que a aprovação dos regulamentos em causa cumpriu todos os trâmites e prazos legais e decorreu durante cerca de 10 meses. Recorda que “os operadores foram convidados a apresentar propostas alternativas” e que não o terão feito, não tendo “sequer participado na discussão na Assembleia Municipal que aprovou aqueles regulamentos”.

Élio Maia assina um documento em que defende a taxa de 1 euros como forma de “defender o interesse público e terminar, de vez, com a imoralidade que tem reinado no negócio dos operadores dos barcos moliceiros” salientando que os operadores que utilizam espaços que são de todos os munícipes, usufruem desse bem público “em benefício, apenas e só, do seu próprio lucro”.

O presidente da Câmara de Aveiro recorda o quadro de dificuldades em que se encontra a autarquia e diz que os operadores devem ser solidários e não “recebem tudo o que é lucro” quando são “os cidadãos aveirenses, através dos seus impostos e do seu Município, a arcarem com as despesas, nomeadamente as relativas aos funcionários das eclusas, à elevação das pontes, aos arranjos dos muros e limpeza dos canais”.

O autarca recorda os valores investidos no arranjo do muro do canal junto à ex-capitania e que diz ter custado “centenas de milhares de euros pagos pelo dinheiro que é de todos” temendo que o “exagerado movimento de barcos” possa criar “a curto ou a médio prazo, graves problemas na estabilidade dos muros dos canais” obrigando gastar novamente “largos milhões na sua recuperação”.

Élio Maia diz que manter tudo como estava é uma “imoralidade, um inquestionável e gravíssimo prejuízo para o interesse público”.


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