Já terminaram as obras de construção do Parque Tecnológico e de Inovação do Vouga, implantado na antiga fábrica de massas de Paradela, em Sever do Vouga. O presidente da Câmara de Sever do Vouga, principal accionista da empresa municipal promotora da obra, diz que apenas faltam realizar as vistorias por parte da EDP, Agência para a Energia e bombeiros. A abertura estava prevista para o início do ano, mas é necessário “mais burocracia do que pensava”, disse Manuel Soares ao Diário de Aveiro, aguardando a marcação das vistorias.
Com a conclusão das obras, duas questões essenciais preocupam o líder da autarquia, concretamente o novo regime jurídico da actividade empresarial local e das participações locais, que podem colocar em causa a continuidade da empresa municipal que detém o VougaPark, e a actual conjuntura de crise que altera a expectativa da procura pelo empreendimento.
Quanto ao regime jurídico, a Câmara ainda se encontra a “estudar a nova lei”, segundo o presidente da Câmara. Contudo, a decisão poderá ser a extinção da sociedade, na qual a autarquia detém 98 por cento do capital, sendo que os privados têm uma representação simbólica. São parceiros a Universidade de Aveiro, a Associação Industrial do Distrito de Aveiro e a Abimota e a estrutura accionista é constituída pela autarquia, a A.Silva Matos, Seveme, Tecnoforma, Martifer e AEVA.
A extinção poderá não constituir uma medida obrigatória. Mas, até por uma questão de imagem que as empresas municipais agora têm, a Câmara não vê inconveniente na passagem do VougaPark para um equipamento municipal. “A sociedade tem as contas equilibradas, apenas um funcionário ao serviço e nenhum elemento do conselho de administração é remunerado, assim como não são atribuídas senhas de presença ou ajudas de custo”, explicou o autarca.