Dois ficheiros das filmagens feitas no local do crime foram apagados, segundo conclusão unânime dos peritos que na sexta-feira esclareceram o Tribunal que julga António Ferreira da Silva.
Recorde-se que à entrada para o primeiro dia do julgamento, o defensor do arguido Celso Cruzeiro afirmou que a exibição da totalidade desse filme iria ter “surpresas” em relação ao que é conhecido da opinião pública. Tanto o perito como os consultores técnicos, arrolados pela defesa e pela assistente, concordaram que existe um intervalo entre as duas filmagens de telemóvel que estão no processo, que corresponde a dois ficheiros de vídeo que foram apagados.
O consultor técnico concluiu que os ficheiros foram apagados na altura dos acontecimentos. O técnico indicado pela defesa não excluiu a possibilidade de ter havido posteriormente manipulação especializada do telemóvel, o que exigiria conhecimentos de programação informática.
Exibidas e repetidas em câmara lenta, ao longo de praticamente duas horas, as imagens mostram que o arguido inicia o movimento para sacar da arma mesmo antes de a vítima ter dado uma bofetada na sua tia, facto que António Ferreira da Silva havia dito ter provocado a sua reação.

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