Élio Maia aproveitou o acerto de contas sobre uma operação de venda de terrenos para lembrar as responsabilidades do PS no estado de desequilíbrio financeiro a que chegou o Município de Aveiro.
A autarquia pagou, na semana passada, cerca de 1,8 milhões de euros por conta da alienação de terrenos feita há 12 anos. Só agora foi possível fazer as escrituras de mais três lotes integrados no Plano de Pormenor do Centro, na Fonte Nova.
Segundo informa o site “notícias de Aveiro”, as parcelas estavam abrangidas numa operação bancária de leaseback que permitiu ao então executivo socialista encaixar antecipadamente a receita (3,6 milhões de euros).
Para libertar agora os últimos três lotes (vendidos em 1999 e 2000), e celebrar as escrituras com os compradores, a autarquia teve de suportar os encargos do “resgate”.
O presidente da Câmara deu conta do esforço financeiro durante a Assembleia Municipal, sexta-feira, para responder às críticas da oposição, especialmente do PS.
“Tivemos de gastar 1,8 milhões e nós é que somos os cegos ?”, insurgiu-se.
Élio Maia aludiu ainda uma condenação no Tribunal Administrativo e Fiscal que obriga a reconhecer cerca de 911 mil euros de juros devidos à construtora Somague, ainda por conta dos acessos ao estádio municipal inaugurado em 2004.
“Aqui estão de um lado os competentes, os rigorosos, os íntegros e do outro os despesistas, os incompetentes”, ironizou. |