Os partidos da oposição na Assembleia Municipal de Ílhavo consideram a adesão ao Programa de Apoio às Economias Locais (PAEL) um sinal do que tem sido a gestão da maioria Social Democrata durante 15 anos.

PS e PCP dizem que "revela uma ambição assente no financiamento dos fornecedores".

José Vaz, do PS, admite que se fosse necessário estaria ao lado do Executivo na adesão ao PAEL mas como reflexo da política de obras desenvolvidas ao longo dos anos não podia aprovar essa adesão. "O PSD nunca precisou do PS para nada relativamente à gestão que consideramos agora má, aquela gestão que o Presidente referencia de muito boa, não foi, foi ruinosa, muito má", disse.

José Alberto Loureiro, do PCP, considera que os avisos foram vários ao longo dos anos sobre a carga de investimentos e que agora chega a hora de pagar a conta. "A responsabilidade da má gestão financeira é da autarquia, Ílhavo não é um oásis, está podre".

Eduardo Conde, do PSD, assume a defesa da gestão de Ribau Esteves. Diz que o investimento resulta da oportunidade dos fundos comunitários e que os constrangimentos resultam da lei dos compromissos. Ainda assim, considera que a CMI é governável com a adesão ao PAEL. "A meio do jogo não se podem alterar as regras, mesmo assim, a adaptação às novas regras é possível, vamos cumprir, a Câmara não fica em incumprimento, adaptam-se as questões financeiras e prolonga-se o prazo, diminuindo os valores da dívida fazendo um escalonamento que permite que se cumpra o acordado, relativamente às obras, ninguém disse qual a obra que poderia não ter sido feita, temos os equipamentos e as pessoas deverão usufrui-los", referiu no contexto do debate politico na última edição do programa “Discurso Direto”, na Terra Nova.