O Núcleo de Estudantes de Medicina da Associação Académica da Universidade de Aveiro (NEMed) lamentou ontem “severamente” a decisão da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) de não acreditar o curso de medicina da Universidade de Aveiro (UA).
Os estudantes estranham a rapidez com que foi desencadeada a “reacreditação” do mestrado integrado. “Nunca antes se tinha assistido a um processo semelhante aplicado a um curso com apenas três meses de funcionamento”, observa o NEMed em comunicado.
Para o núcleo, esta avaliação “precoce” desencadeada pela A3ES em Janeiro de 2012 fez com que um “modelo promissor de ensino médico não tenha tido oportunidade de ser sedimentado e confirmado as suas potenciais virtudes”.
Os estudantes da UA admitem, porém, a existência de falhas identificadas no parecer da A3ES, nomeadamente a “falta de empenho por parte do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) na participação neste projecto e a notória deficiente articulação entre a UA e o ICBAS”.
O NEMed lembra, no entanto, que desde Setembro de 2011 os resultados médios das avaliações curriculares obtidas quer na UA quer no ICBAS dos 38 actuais estudantes do mestrado são “absolutamente excepcionais”, atestando a “qualidade, motivação e profissionalismo” do projecto.
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