A empresa pública Águas de Portugal (AdP) está a preparar a fusão de três empresas da região centro que operam na área do saneamento: a SIMRia, com sede em Aveiro, a Águas do Mondego (Coimbra) e a SIMLis (Leiria).
Esta solução foi ontem de manhã apresentada aos accionistas da Águas do Mondego (AdM), que pela voz do presidente da Câmara de Coimbra, João Paulo Barbosa de Melo, rejeitam o modelo preconizado pela tutela (ver caixa).
A proposta ainda não foi apresentada formalmente às 13 autarquias que integram a estrutura accionista da SIMRia - o que irá acontecer em Novembro. Mas esta agregação já é debatida há algum tempo na região de Aveiro, confirmou ontem o presidente da Câmara de Estarreja, José Eduardo Matos.
Em Aveiro, seria bem acolhida a fusão da SIMRia com a Águas da Região de Aveiro (AdRA) - solução que, de resto, já foi defendida publicamente por Ribau Esteves, líder da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) e do município de Ílhavo.
Em Janeiro, o edil social-democrata referiu como “óbvia” a fusão das duas empresas de Aveiro no âmbito da “reestruturação” do grupo AdP. A junção destas duas companhias seria “fácil de concretizar”, considerou.
A solução da AdP é outra, porém. Manuel Fernandes Thomaz, administrador da empresa, diz que a agregação da SIMRia com a AdM e com a SIMLis é uma “opção política” da tutela que deverá ser implementada no primeiro trimestre de 2013. Esta solução é “imprescindível” para garantir a “sustentabilidade” do sector, actualmente “ameaçada”. Sem uma revisão do actual modelo, “o sistema pode entrar em ruptura”, avisa.