O governo “tem meios” para desbloquear a construção da variante que ligará a vila de Arouca à A1, em Santa Maria da Feira, vincou Artur Neves, o presidente da câmara arouquense. Em declarações ao Diário de Aveiro, o autarca sublinhou que não quer “um empréstimo”, a conceder pelo Estado, mas sim que o projecto seja dotado de fundos europeus provenientes do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional).
“Desde que tenham vontade, há dinheiro para isso”, vincou o chefe do Executivo do município de Arouca.
Refira-se que o custo total da variante ascenderá a 35 milhões de euros, estando a obra “emperrada” pela falta de cinco milhões de euros de comparticipação pública.
Artur Neves fez, ainda, notar que tem vindo a tratar do assunto com o ministro Paulo Portas, eleito em 2009 como membro da bancada do CDS-PP na Assembleia Municipal de Arouca, que “prometeu” desbloquear esta situação.
Mas, em tempo de negociações europeias para determinar o próximo Quadro Comunitário de Apoio, o presidente recebeu “informações” de que esse instrumento de distribuição das verbas comunitárias poderia não contemplar a construção de estradas.
Sublinhou, porém, que também já lhe chegou notícia – embora oficiosa – de que a empresa Estradas de Portugal estará “a trabalhar num plano” para incluir a edificação de “estradas de proximidade” no próximo quadro europeu.
“A ideia será cativar verbas para acessibilidades de proximidade, que as grandes obras não resolveram”, especificou.
|