A Floresta é um sector importante para a região do Baixo Vouga e a certificação é um passo importante para os produtores garantirem melhor acolhimento junto das empresas consumidoras. Luís Sarabando, da Associação Florestal do Baixo-Vouga, lembra que o encontro de hoje, em Aveiro, para debater a certificação, conta a participação de empresas da indústria da celulose num diálogo fundamental na relação com os produtores.

“A questão da certificação tem a ver com uma perspectiva de manter a qualidade e com as exigências dos clientes para o fornecimento de pasta e papel certificado. Essa certificação só é possível quando a madeira tem uma origem certificada. É fácil hoje em dia vermos quase todas as empresas de serviços a quererem ver os seus serviços qualificados”, disse Luís Sarabando.

A Associação Florestal do Baixo-Vouga alerta ainda para os riscos de incêndio e os prejuízos que daí podem advir. “Se tivermos uma floresta abandonada, sujeita a um risco de incêndio muito grande, temos uma floresta feia. Isso afasta as pessoas e leva, muitas vezes, a uma desertificação dessas zona. E temos muitas localidades da nossa região ligada à produção florestal, havendo por isso a preocupação para que este recurso não desapareça”, acrescentou Luís Sarabando.

Encontro sobre certificação esta quinta-feira em Aveiro. Os trabalhos decorrem no Centro de Congressos a partir das 14h30.

Os administradores dos três grandes grupos industriais associados à fileira florestal vão estar presentes: Grupo Portucel Soporcel, Altri e Sonae.

Porquê a Certificação Florestal?” É a pergunta a que vão tentar responder os intervenientes nos dois painéis. O primeiro, com início marcado para as 14h30, vai dar “A perspectiva da Indústria”, através das intervenções dos administradores dos grupos Portucel Soporcel, Altri e Sonae. “A produção florestal e as políticas do sector” é o tema do segundo painel, agendado para as 15h45, que vai contar com a participação de dirigentes da Associação para a Certificação Florestal do Baixo Vouga, Forestis e da Autoridade Florestal Nacional.

Os mercados do sector florestal valorizam e impõem os produtos provenientes de gestão certificada, o que obriga os proprietários a responderem a esta exigência. A certificação é uma oportunidade de melhorar a gestão florestal e de gerar mais-valias económicas, sociais e ambientais para a região.