O director artístico do Teatro Aveirense diz que falta em Portugal uma política cultural definida e lamenta que os poderes públicos não invistam mais no sector. Pedro Jordão foi o convidado do programa “Soltar a Corrente”. Falou sobre as apostas da sua direcção e sobre os constrangimentos financeiros na cultura que deveria ser encarada como estruturante para a vida das sociedades. “É uma questão de elevar competências das populações e estímulo às cidades e países. O seu valor devia ser incontestável. Isso reflecte-se no modo como é investido o dinheiro público na cultura. Continuo a achar que, com muitos altos e baixos, continua a faltar uma política cultural clara”, disse Pedro Jordão.

O director artístico espera colocar o Teatro Aveirense como referência nacional. Explica que esse objectivo nem sempre se atinge com recurso a espectáculos de massas. “Muitas vezes aqueles espectáculos que se julgam de grande público podem correr bem e estar longe de encher uma casa e um espectáculo de nicho encher uma casa. Há públicos mais militantes do que outros”, disse Pedro Jordão.