O coordenador nacional do projecto “Limpar Portugal” acusa os industriais da construção civil e empreiteiros de depositarem os resíduos em sítios impróprios para fugirem ao pagamento das taxas municipais. Carlos Evaristo acredita que por serem pequenas obras, os empreiteiros não podem ou não querem pagar a taxa municipal e que, por isso, depositam os resíduos onde é mais fácil: “Não é a população em geral que contribui para a existência da maior parte das lixeiras. Os pequenos empreiteiros e pequenos industriais têm que pagar uma taxa para depositarem os seus resíduos e isso, por vezes, pode ser penoso para eles. São pequenas obras e alguns desses pequenos industriais nem sequer estão colectados e, por isso, fogem das entidades oficiais. Esse é o grande problema. Em qualquer canto mais refundido, depositam os resíduos das obras que fizeram”.
Leopoldo Oliveira refere que o principal problema é que existe muito lixo disperso. Um dos voluntários de Ílhavo, lamenta que num concelho pequeno existam 131 focos de lixo registados até ao momento: “O problema que nos está a dar mais trabalho é o facto de existir muito lixo disperso. Num concelho pequeno como é o nosso, já foram detectados e identificados, até à passada semana, 131 focos de lixo”.
O grupo de actuação no concelho de Ílhavo reuniu esta tarde na Gafanha da Encarnação. |