Os mini-tornados que passaram por Aveiro e Ovar são fenómenos da natureza não tão raros quanto isso. Uma opinião de Celeste Coelho, investigadora da Universidade de Aveiro, que considera existirem traços comuns no tempo se a análise incidir sobre períodos de 30 ou 40 anos.

É normal que a população assuma a sua preocupação, mas os fenómenos são normais: “Dentro do padrão de variabilidade inter-anual dos vários elementos de clima, isto é perfeitamente aceitável, mas agora há uma maior mediatização e as pessoas também têm um maior acesso à informação. Penso que não nada invulgar se tivermos uma perspectiva do comportamento dos últimos 30 ou 40 anos. Não acontece todos os anos, mas pode acontecer de cinco em cinco ou de dez em dez anos”, refere Celeste Coelho.

Quanto às previsões, diz que é difícil antecipar esses cenários uma vez que Portugal tem uma realidade diferente da Norte Americana onde os tornados são frequentes e os alertas também: “Nós não estamos nas planícies dos EUA, onde estes fenómenos são extremamente frequentes e há, inclusivamente, épocas do ano em que eles podem surgir e aí são lançados alertas para que as pessoas se preparem para a eventualidade do episódio climático acontecer. No caso de Portugal, não há razão para isso”.

A leitura de uma investigadora da UA.