O Reitor da Universidade de Aveiro defende a qualidade do curso de medicina que irá começar a ser leccionado na universidade. Lembra que os alunos que frequentarem este curso irão contabilizar, no final, sete anos de formação, rejeitando, assim, as críticas que foram feitas na altura do anúncio da criação do curso de Medicina, em Aveiro. Manuel Assunção considera que as críticas assentaram em “demagogias”.

"A Ordem diz há muitos anos que não são precisos mas veja-se o estado a que isto chegou. Não vou comentar e não sei porque as pessoas fazem essas afirmações. Importante é não fazer afirmações falsas. Quem vai ser médico através deste curso vai ter mais de 7 anos de formação e não quatro. Isso é que é demagogia. Isso não se faz. Os candidatos terão uma licenciatura em área afim e, em cima disso, uma formação de mais quatro anos”, disse o Reitor em entrevista ao programa “Conversas”.

Manuel Assunção considera ainda que o novo curso de medicina irá ser uma mais-valia para o Hospital de Aveiro. Defende um hospital próximo da universidade, se tal for possível, pela proximidade com os centros tecnológicos. Ainda assim, admite que existam outros critérios igualmente relevantes.

"O que disse é que do ponto de vista do reforço das valências uma lógica de contiguidade é benéfica. O conceito de concentração e densidade tecnológica ajuda ao crescimento das coisas. Se o hospital estiver próximo da escola de saúde, de médicos, professores e alunos, isso não prejudica. Mas pode haver outras razões como acessibilidades que têm que ser equacionadas. Não vou pronunciar-me sobre um dossiê que não conheço”, conclui o Reitor.