Antigos militares que passaram pela guerra colonial reúnem em Aveiro este fim-de-semana. O grupo denominado “Os épicos” promove o 16º encontro convívio reunindo militares que passaram por África há 39 anos. Regressados do ultramar em 1971 lançaram as bases das reuniões anuais. Para o Major Carvalho as dificuldades vividas em África fortaleceram o espírito de grupo. “As dificuldades, ausência de familiares, distâncias, perigos, medos, mortes e sacrifícios uniram-nos de tal modo que foram marcantes para o resto da vida. A instituição militar tem valores próprios. Íamos por imposição e defender valores militares. Muitos sabiam que poderiam não voltar. Esses 14 anos foram extremamente marcantes. Estes encontros são o sublimar de todas as dificuldades que passámos. Soltam-se laços que ganhámos”, explica o Major Carvalho em declarações à Terra Nova.

António Matos, outros dos elementos ligados à organização, diz que o reencontro é importante para reviver tempos passados. “Verificámos que é importante manter os encontros para recordar o passado em Angola mas em cada encontro vimos caras novas que não estiveram nos encontros passados”, explica o organizador do encontro de Aveiro. O encontro dos “Épicos” prevê deposição de coroa de flores na estátua do soldado desconhecido, com guarda de honra por pára-quedistas do RI10 de São jacinto. Haverá troca de galhardetes com entrega de guião ao responsável pelo próximo encontro. Domingo haverá dia livre.