Os credores da Rodhe, maioritariamente trabalhadores, votaram contra o plano de viabilização e ditaram o fim da empresa que agora tem como passos seguintes apreensão e venda de bens. Dos 921 trabalhadores que votaram na assembleia de credores, 866 manifestaram-se contra o plano. Queriam uma empresa em actividade mas com condições para manter mais do que os 150 trabalhadores admitidos.
Os trabalhadores estão com contratos suspensos desde de Dezembro e a receber subsídio de desemprego. São os principais credores, sendo que o montante dos créditos ascende a 14 milhões de euros. Este era o final esperado. Fernanda Moreira, a dirigente sindical que acompanhou o processo, diz que era o desfecho previsível. “Era essa a intuição que os trabalhadores demonstravam. Estavam cansados de ver o adiamento de uma solução. O capítulo Rohde terminou”, disse Fernanda Moreira.
Os trabalhadores admitem que estavam dispostos a viabilizar a empresa desde que mantivesse mais de 500 postos de trabalho. Assim, dizem que acaba um período desgastante. “Para mim acabou-se um fardo. As pessoas estavam cheias. O plano anterior era de 500 pessoas. Aceitávamos e vínhamos contentes. Mas 150 pessoas não aceitávamos. Não era uma proposta correcta”, disse uma das trabalhadoras no final da Assembleia. |