Mano Nunes, arguido no processo de venda das piscinas do clube, viu alargada a acusação de burla qualificada a um quadro de prática de peculato.

O ex-presidente do Beira-Mar ficou obrigado a prestar caução em valor não divulgado para continuar em liberdade. O antigo dirigente do Beira-Mar viu agravadas as medidas de coação por despacho da juíza de instrução criminal.

No final do interrogatório judicial que se prolongou durante três dias, Mano Nunes ficou também indiciado, para além de burla qualificada, pela prática de peculato (apropriar, em proveito próprio ou de outra pessoa, de dinheiro ou qualquer coisa móvel, pública ou particular, que lhe tenha sido entregue, esteja na sua posse ou lhe seja acessível em razão das suas funções).

O despacho proíbe ainda o contacto com outros intervenientes no "negócio". O processo relativo à compra e imediata revenda do complexo das piscinas do Beira-Mar prossegue, sendo o antigo presidente, para já, o único arguido.

Mano Nunes é suspeito de se apropriar de um milhão de euros na alienação dos terrenos a uma imobiliária, a Nível II, que rendeu ao clube 2,5 milhões de euros.

A Câmara nunca chegou a receber a sua parte, cerca de 1,2 milhões de euros.