Já ocupou diversos cargos na autarquia de Estarreja: jurista, chefe de gabinete do presidente, vereador. Agora quer subir ao último patamar e passar a chefiar o município. “Surjo como candidato à Câmara com naturalidade”, diz em entrevista ao Diário de Aveiro

Além de si, houve outros nomes equacionados pelo PSD como candidatos à Câmara?
Não. Não surgiu mais nenhum nome. Fui reeleito pela terceira vez presidente da comissão concelhia, mas sempre andei na política de forma desinteressada. Nunca me insinuei para ser eu a aposta do PSD para seguir as pisadas de José Eduardo Matos. Tenho tido um percurso natural, sem atropelos. Surjo como candidato à Câmara com naturalidade.

Ser presidente da Câmara é um sonho ou essa possibilidade surgiu por acaso?
Se for um sonho, não vem de longe. As coisas foram acontecendo. Mas claro que, depois de ter sido eleito pela segunda e terceira vez como presidente do PSD/Estarreja, essa possibilidade passou a fazer parte das minhas perspectivas de futuro, ainda mais conhecendo a lei de limitação de mandatos e sabendo que José Eduardo Matos não se poderia recandidatar.

Fernando Mendonça, candidato do PS, disse que esperava que o PSD candidatasse “alguém com outro peso histórico”. Ficou melindrado com estas declarações?
Longe de mim ficar melindrado. E o que é isso de ser histórico no PSD? José Eduardo Matos, quando se candidatou, tinha 41 anos. Eu vou-me candidatar com 42. O PSD tem apostado em candidaturas de pessoas jovens, com vontade de trabalhar pela sua terra.

A coligação com o CDS vai manter-se?
Ainda não há qualquer decisão. Mas as negociações estão a decorrer. Da parte do PSD, há vontade que haja coligação. É do interesse de todos - do PSD, do CDS e do concelho. A coligação existe há três mandatos e o concelho tem-se dado bem. Queremos apostar na continuidade.