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19-03-2013

Caso das crianças a viver num pinhal provoca onda de ajuda



O caso das duas crianças que estão a residir com a avó numa barraca feita de madeira e plástico, em chão de terra batida, provocou um misto de indignação e de vontade de ajudar, que se junta ao trabalho que a Câmara está a desenvolver, embora ontem as condições se mantivessem - quatro dias depois do assunto ser publicado no Diário de Aveiro. A autarquia não revela a localização do abrigo onde a família se encontra, justificando-se com “o direito ao sigilo a que essas pessoas têm direito”.
Depois do artigo publicado, foram muitas as ajudas expressas no sentido de apoiar aquela família, entre particulares, um restaurante disposto a oferecer refeições e a associação Coração Amarelo, para além de outros contactos feitos para a Câmara.
Verificou-se um sentimento de indignação expresso por leitores, face à notícia publicada e pela situação descrita: um quadro familiar num ambiente extremamente adverso para as crianças, órfãs, uma de nove e outra de 11 anos, e a avó. À habitação de plástico e madeira e em terra batida junta-se a ausência de água, de electricidade, bem como a existência de apenas duas divisões e a entrada “rodeada de pedras e lixo onde existem resíduos perigosos para a sua segurança”.
Esta semana, será realizada uma reunião com vários serviços e com “as pessoas que queiram colaborar para que a onda de solidariedade seja consequente”, segundo avançou a divisão de assuntos sociais da Câmara. Todos os que desejem ajudar podem contactar os serviços através do endereço electrónico accaosocial@cm-aveiro.pt Nesta altura, os serviços tentam “congregar esforços para resolver da melhor forma, sendo que a habitação é a questão mais vulnerável”. Se é expectável que a situação das crianças e da avó seja resolvida rapidamente, o processo não foi nesse sentido, por variados motivos, além de que é comparado pelos serviços a outras situações. Este “não é caso único, são imensos os casos, há pessoas desesperadas e os serviços têm dificuldade em dar respostas atempadas”. Neste caso em concreto, “não há um vazio de acção, como se os serviços não tivessem feito nada”.


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