O Tribunal de Estarreja está a julgar uma advogada suspeita de se ter apoderado de mais de 71 mil euros que uma cliente lhe foi entregando ao longo de três anos.
C.P., de 46 anos, é agora acusada de burla qualificada e, segundo o Ministério Público, “congeminou um plano para obter da ofendida a entrega de quantias monetárias, induzindo-a em erro acerca da sua legitimidade para proceder à realização de várias tarefas, enquanto advogada”.
Convencida de que a causídica a iria ajudar em diversos processos, durante três anos, a mulher, que, hoje, deverá prestar declarações perante o colectivo de juízes, ter-lhe-á entregado diversos cheques, que, alegadamente, foram parar à conta pessoal da advogada.
A primeira situação ocorreu em Maio de 2005, quando, de acordo com a acusação, a arguida, residente em Vila Nova de Gaia, onde tinha escritório quando exercia advocacia (foi expulsa da Ordem dos Advogados em 2009), recebeu um cheque no valor de 5.700 euros que seriam destinados ao pagamento de um suposto arresto que recairia sobre um restaurante de um amigo da ofendida.