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12-07-2013

“Deve ser condenado a não menos de 20 anos”



Terminou, ontem, no Tribunal de Santa Maria da Feira, o julgamento do ex-funcionário da Presdouro, em S. João de Ver, que confessou ter matado o patrão, ainda que negando tê-lo feito para ocultar desvios de dinheiro de 81 mil euros, como sugere a acusação do Ministério Público (MP)
Contudo, para o procurador, não sobram dúvidas de que, durante cerca de dois anos, Paulo Rocha foi retirando várias quantias da empresa de pré-fabricados em betão. E, quando o empresário David Costa começou a desconfiar e a “vigiar mais de perto, não teve outra saída senão pôr termo à vida dele”, assassinando-o à facada em Maio do ano passado.
O magistrado do MP, sugeriu, assim, a condenação “em penas que devem situar-se pela metade da moldura penal” dos crimes de homicídio, na forma agravada, e abuso de confiança, ambos qualificados, num cúmulo jurídico que nunca deverá ser inferior a 20 anos de cadeia.
Ainda segundo o procurador, o crime foi premeditado e a versão de legítima defesa, apresentada pelo arguido, que está em prisão preventiva, “não surge comprovada pelos elementos de prova”.
Também o advogado dos assistentes pediu a condenação de Paulo Rocha, natural de Arouca, vincando que este “nunca demonstrou arrependimento pela morte” do patrão, que “assassinou com o objectivo de ocultar o desfalque”.


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