Questionado sobre a proposta do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Soares, que defende a revisão do Código Penal no sentido de se proceder a uma maior criminalização para o crime de fogo posto, o ministro disse que “essas matérias já foram equacionadas em tempos idos”.
“É uma proposta que fica feita pelo presidente da Liga, todos temos naturalmente a ideia de que quem pratica crimes desses merece uma sanção”, acrescentou Miguel Macedo que falava na inauguração das obras de recuperação da Esquadra do Infante, no Porto.
O ministro da Administração Interna considerou que “é evidente que esse tipo de situação depende muito da vigilância que todos possamos fazer”.
“Situações de movimentações mais estranhas, mais suspeitas, devem ser referenciadas de imediato às forças de segurança, porque, em muitos desses casos, isso significa um dano muito importante do ponto de vista patrimonial e, às vezes infelizmente e dramaticamente, também do ponto de vista pessoal”, acrescentou.
O ministro considerou ainda que, em geral, o combate aos fogos florestais “tem corrido bem e com grande eficácia”, admitindo, contudo “algum cansaço do dispositivo” dos bombeiros.
“Evidentemente temos factores de preocupação, à medida que o tempo avança e que estas condições difíceis do ponto de vista meteorológicos se acentuam, é óbvio que se pode esperar algum cansaço do dispositivo, mas até agora, o que importa sublinhar é essa capacidade dos bombeiros nesse trabalho imenso contra os fogos florestais”, acrescentou.
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