Diário de Aveiro: Neste momento, como está a situação do pedido de insolvência interposto pela direcção do Beira-Mar?
Amin Pishyar: Hoje [anteontem] fui com o nosso advogado averiguar como estavam os documentos, no tribunal, porque submetemos a nossa contestação ao processo há quase duas semanas, e ainda não nos deram uma data para sermos ouvidos. Estamos muito confiantes sobre este assunto. Há dois dias pedimos à Direcção do clube para recuar na acção judicial, porque sentimo-nos muito seguros da nossa causa e, aparentemente, há uma lei em Portugal que afirma que se há alguém que quer forçar a insolvência, por engano ou sem fundamento, arrisca-se a sofrer graves penalizações.

Que consequências está a ter a SAD?
Na verdade, este processo trouxe uma notoriedade à SAD que nunca quisemos ter. As pessoas pensam que o clube exerce algum tipo de controlo sobre a SAD e já vimos que é ao contrário. A verdade é que eles não podem vir ver os jogos ao estádio e isso mostra quem tem a chave do clube. E as pessoas vêem que, apesar de tudo, ao que eles têm dito de negativo sobre nós na imprensa não temos reagido para não criar um mau ambiente no clube. Nós mantivemo-nos calados, mas há limites para tudo e por isso decidimos contestar a causa e falar mais alto sobre o processo que está a decorrer.