“Para já tem-se conseguido proteger as populações, sobretudo no concelho de Tondela e de Oliveira de Frades [distrito de Viseu], mas a situação está muito difícil por causa do vento. É a maior dificuldade, é uma coisa enormíssima e brutal. Entretanto, já começaram a funcionar os meios aéreos, o que pode vir a ajudar a resolver alguns dos problemas que temos”, adiantou Carlos Marta.
O autarca informou que existe apenas informação de uma habitação que foi atingida pelas chamas em Oliveira de Frades, e assinalou que o fogo está a avançar em direção a Agadão, no concelho de Águeda, já no distrito de Aveiro.
“Se o vento não parar, vai ser muito complicado”, sublinhou, acrescentando que neste momento “ninguém faz previsões” quanto a um eventual epílogo deste incêndio, que na última noite atravessou várias zonas habitadas.
“Já atravessou várias populações, grande parte dos meios dos bombeiros esteve na protecção das habitações, que são várias espalhadas por toda a serra”, afirmou à Lusa o Comandante Distrital de Operações de Socorro de Viseu, António Ribeiro.
O comandante explicou que na Serra do Caramulo há uma grande dispersão de habitações, aldeias e pequenas aldeias e algumas casas isoladas, sendo que a situação está mais calma, mas os bombeiros continuam a defender as povoações.
De acordo com informação disponibilizada na página da internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil, às 10:00 de hoje, o fogo que teve início no Caramulo tinha duas frentes activas e mobilizava 429 operacionais, apoiados por 127 veículos e três meios aéreos.
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